Com a morte do Papa Francisco, a Igreja Católica se prepara para realizar um dos mais antigos e simbólicos ritos do Vaticano: o conclave, processo que escolherá o novo pontífice. Realizado a portas fechadas na Capela Sistina, o conclave é marcado por regras rígidas, total isolamento dos cardeais votantes e a célebre fumaça branca que anuncia ao mundo a chegada de um novo Papa.
Durante o período conhecido como Sé Vacante, em que o trono papal está vago, a Igreja é administrada interinamente pelo Colégio de Cardeais e pelo Camerlengo. Enquanto isso, os cardeais elegíveis — atualmente, 138 com menos de 80 anos — participam de reuniões preparatórias sob a presidência do cardeal decano Giovanni Battista Re. Quando o conclave se inicia, eles fazem um juramento de sigilo e são isolados na Casa Santa Marta, sem qualquer contato com o mundo exterior.
A eleição exige ao menos dois terços dos votos válidos. Os cardeais registram suas escolhas em cédulas que são perfuradas e incineradas com substâncias que determinam a cor da fumaça: preta para impasse, branca para a escolha. Uma vez alcançado o consenso, o eleito é questionado se aceita a missão e, caso aceite, escolhe seu nome papal. O anúncio é então feito ao mundo com a tradicional frase: “Habemus Papam”.