O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou neste sábado (8) as defesas prévias de Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto e outros investigados no caso da suposta tentativa de golpe de Estado para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR terá cinco dias, a partir de segunda-feira (10), para se manifestar sobre os argumentos apresentados pelos advogados. O núcleo de denunciados inclui o ex-presidente Bolsonaro, ex-ministros e ex-comandantes militares, como Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno.
As defesas dos investigados negam qualquer participação em atos preparatórios para um golpe e questionam a competência do STF para julgar o caso. Os advogados alegam que o ministro Alexandre de Moraes extrapolou suas funções ao tomar medidas por iniciativa própria e que os investigados não tiveram acesso a todas as provas. Além disso, argumentam que a PGR não apresentou evidências suficientes para comprovar os crimes imputados. Após a análise da PGR, Moraes preparará seu voto, e o caso será levado para julgamento na Primeira Turma do STF, que decidirá se os denunciados se tornarão réus ou se a denúncia será arquivada.
Outro grupo de investigados, composto por militares e integrantes das forças de segurança, também teve suas defesas encaminhadas à PGR. Eles são acusados de coordenar ações coercitivas e monitorar autoridades públicas como parte do suposto plano antidemocrático. As defesas desse grupo seguem a mesma linha, negando as acusões e descaracterizando a existência de um golpe. O STF ainda não decidiu se aceitará a denúncia da PGR, e os investigados aguardam para saber se se tornarão réus no processo.