O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) acompanhe de perto e adote as providências necessárias no processo de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália. A parlamentar, condenada a 10 anos de prisão pelo STF, está detida no presídio feminino de Rebibbia, em Roma.
Zambelli foi capturada pela polícia italiana nesta terça-feira (29), após ter deixado o Brasil e passado pelos Estados Unidos. A condenação está ligada ao caso de invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e o governo brasileiro já formalizou o pedido de extradição para que a pena seja cumprida em território nacional.
A deputada possui cidadania italiana e sua defesa informou que vai tentar impedir a extradição. Caso o retorno ao Brasil seja autorizado, Zambelli pretende solicitar à Justiça italiana o cumprimento da pena em solo europeu — o que pode prolongar o trâmite por meses ou até mais de um ano, segundo especialistas consultados por ela.
Nesta sexta-feira (1º), a deputada passará por uma audiência de custódia na Itália. O tribunal local decidirá se mantém a prisão ou se concede liberdade provisória enquanto analisa o pedido de extradição. A situação de Zambelli lembra o caso de Henrique Pizzolato, extraditado da Itália em 2015 para cumprir pena no Brasil.