O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou, nesta quinta-feira (15), o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. A decisão foi proferida pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, que nomeou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade, como interventor. Caberá a ele convocar novas eleições “o mais rápido possível”.
A decisão judicial declarou nulo o acordo que validou a eleição de Ednaldo, por indícios de falsificação da assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes. Um laudo pericial e manifestações recentes indicam que o documento pode ter sido assinado sem o conhecimento ou capacidade do dirigente.
Essa é a segunda vez que Ednaldo é afastado judicialmente do cargo. Em dezembro de 2023, ele já havia sido retirado da presidência, mas conseguiu reverter a decisão no STF e retomou o comando da CBF um mês depois. Agora, a defesa poderá novamente recorrer às instâncias superiores.
O novo interventor, Fernando Sarney, rompeu politicamente com Ednaldo e não integrou sua chapa na reeleição por aclamação realizada em março. Seu mandato como vice-presidente da CBF vai até 2026.
Nos bastidores, a crise jurídica influenciou até a recente decisão de Ednaldo de anunciar o técnico Carlo Ancelotti para a Seleção Brasileira antes mesmo do fim do contrato do treinador com o Real Madrid. A estratégia teria sido uma tentativa de fortalecer sua posição política dentro da entidade.
Apesar das articulações, a Justiça do Rio optou pelo afastamento imediato. A CBF ainda não se pronunciou oficialmente sobre os próximos passos.