O governo de Israel deportou nesta segunda-feira (6) a ativista sueca Greta Thunberg e outros 170 ativistas estrangeiros, após a interceptação de uma flotilha que seguia em direção à Faixa de Gaza com o objetivo de levar ajuda humanitária ao território palestino. A ação das forças israelenses ocorreu na semana passada, quando mais de 40 barcos foram abordados antes de alcançar seu destino.
A deportação faz parte de um processo mais amplo que já retirou do país ao menos 340 dos cerca de 450 ativistas detidos. Segundo as autoridades israelenses, os ativistas são de diversas nacionalidades, incluindo europeus, norte-americanos e latino-americanos. Entre eles, há 15 brasileiros que participaram da iniciativa, dos quais 14 foram detidos. Um deles já foi deportado, e outros 13 permanecem sob custódia em Israel.
Greta Thunberg desembarcou na Grécia após ser expulsa do país e participou de um ato em Atenas, onde falou sobre a situação em Gaza e pediu engajamento da comunidade internacional. A ativista não comentou publicamente sobre denúncias de maus-tratos enquanto esteve detida, negadas anteriormente pelo governo israelense.
A flotilha, chamada Sumud, pretendia chamar atenção para a crise humanitária vivida pela população de Gaza, agravada pelo conflito entre Israel e o Hamas, que completa dois anos nesta terça-feira (7). O confronto já causou mais de 67 mil mortes e cerca de 170 mil feridos, segundo dados divulgados pelas autoridades de Gaza e confirmados por organismos internacionais.






