O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está disposto a usar “toda a força” contra o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, nesta terça-feira (19). Segundo ela, Maduro seria “um fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista acusado nos EUA de tráfico de drogas”.
Como parte da operação, três destróieres americanos com sistemas de mísseis guiados Aegis – USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson – foram enviados para o sul do Caribe, próximos à costa venezuelana. A mobilização envolve mais de 4 mil militares e deve durar cerca de 36 horas, com o objetivo oficial de combater cartéis de drogas, considerados pelos EUA como organizações terroristas globais.
O governo de Maduro repudiou as acusações e classificou a movimentação como “ameaça à paz e à estabilidade da região”. Em discurso na segunda-feira (18), Maduro afirmou que a Venezuela “defenderá nossos mares, nossos céus e nossas terras” diante do que chamou de “ameaça bizarra e absurda de um império em declínio”.
Além da ação militar, os EUA elevaram a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões), o maior valor já oferecido pelo paradeiro de um líder estrangeiro desde Osama Bin Laden. O venezuelano é acusado formalmente de narcoterrorismo desde 2020, e a recompensa já havia sido aumentada para US$ 25 milhões em janeiro de 2025.