A Polícia Civil de Goiás concluiu que o assassinato do advogado Adeon Paula de Oliveira, de 75 anos, encontrado morto em sua fazenda no município de Jussara, foi motivado por um conflito familiar envolvendo uma propriedade rural avaliada em milhões. O filho da vítima, Alandelon Wanderlei de Oliveira, foi indiciado por homicídio qualificado. O crime aconteceu em fevereiro deste ano, e o inquérito foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público no dia 25 de setembro.
A investigação apontou que a disputa começou após Alandelon realizar uma série de empréstimos hipotecários utilizando a matrícula da Fazenda Portal do Sol, que estava registrada em seu nome. A propriedade havia sido cedida informalmente pelo pai, que continuava exercendo controle sobre ela. O valor total das dívidas contraídas pelo filho teria ultrapassado R$ 22 milhões, gerando um impasse quando o advogado decidiu vender o imóvel.
A vítima foi morta com dois disparos na cabeça, na fazenda onde residia. Apesar de o filho afirmar que encontrou o pai já sem vida, os investigadores o colocam como principal suspeito, especialmente após descobrir que ele era contrário à venda da propriedade. A arma do crime não foi localizada. A motivação foi classificada como torpe, e o assassinato teria ocorrido sem chance de defesa da vítima.
A defesa de Alandelon declarou que foi surpreendida com a conclusão do inquérito e alegou que ainda estava reunindo documentos para apresentar aos investigadores. Informou ainda que pretende solicitar novas diligências ao Ministério Público, argumentando que as investigações foram encerradas de forma prematura. Até a última atualização, o acusado respondia ao processo em liberdade.