A Scout AI, startup da Califórnia, apresentou o Fury, um sistema de inteligência artificial criado para uso militar. Capaz de operar sem GPS ou comunicação, o Fury já foi testado com sucesso em um drone e em um veículo terrestre, reagindo a comandos de voz e imagem de forma instantânea. A empresa firmou dois contratos com o Departamento de Defesa dos EUA e recebeu um investimento inicial de US$ 15 milhões.
Com essa tecnologia, a proposta é permitir que um único soldado coordene vários robôs em campo, tornando qualquer máquina militar uma unidade autônoma e inteligente. O ex-oficial da CIA, Erik Prince, vê nisso uma mudança profunda na forma de fazer guerra, com drones acessíveis sendo usados para destruir equipamentos milionários — como acontece atualmente na guerra da Ucrânia.
Prince destaca que drones com reconhecimento facial e sistemas autônomos já podem localizar e eliminar alvos específicos em meio à multidão. Além disso, ele critica o modelo de defesa atual, em que ataques baratos são combatidos com mísseis extremamente caros, o que, segundo ele, não é sustentável a longo prazo.
Na visão dele, a inovação está nas mãos de startups, não das grandes indústrias militares. Para Prince, soluções mais simples, rápidas e de menor custo são o futuro, especialmente diante da ameaça crescente de ataques de precisão feitos por grupos com recursos limitados.