O Brasil deve receber um novo antídoto contra intoxicação por metanol, o fomepizol, produzido pela farmacêutica japonesa Daiichi-Sankyo. A empresa, com sede em Tóquio e mais de um século de atuação no setor, será responsável por fornecer 2.500 ampolas do medicamento, que será utilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em meio ao aumento de casos de envenenamento por bebidas adulteradas.
Atualmente, o país conta apenas com o etanol farmacêutico como opção terapêutica. O fomepizol ainda não possui registro sanitário no Brasil, o que levou o Ministério da Saúde e a Anvisa a realizarem um chamamento internacional para compra emergencial do produto. As ampolas terão concentração de 1.000 mg/ml, em doses de 1,5 ml cada.
Considerado mais moderno, o fomepizol foi desenvolvido especificamente para tratar intoxicações por metanol. O medicamento age inibindo a enzima responsável por transformar o metanol em substâncias tóxicas, evitando danos ao sistema nervoso e aos órgãos vitais, sem provocar os efeitos colaterais mais comuns do etanol, como sonolência e queda de glicose.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que o governo brasileiro também acionou a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para intermediar contatos com produtores internacionais. Até o momento, dez agências de diferentes países e sete empresas privadas foram mobilizadas para ampliar o fornecimento do antídoto ao Brasil.






