Denúncias de Felca motivam pedido de CPI para investigar adultização de crianças nas redes sociais

As denúncias feitas pelo influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, sobre adultização e exploração sexual de crianças e adolescentes nas redes sociais motivaram senadores a protocolar, nesta segunda-feira (11), um requerimento para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado. O pedido, de autoria do senador Jaime Maximino Bagattoli (PL), já conta com o apoio de outros 31 congressistas — número superior às 27 assinaturas necessárias — e agora aguarda decisão do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União).

Segundo Bagattoli, a CPI buscará apurar a conduta de influenciadores digitais e a atuação das plataformas na disseminação de conteúdos que sexualizam menores. No requerimento, o senador citou o caso de Hytalo Santos, mencionado no vídeo de Felca, como exemplo da vulnerabilidade de crianças nas redes. O documento alerta para um “padrão preocupante” de exposição indevida e afirma que o objetivo é “proteger a infância brasileira e responsabilizar os envolvidos em práticas abusivas online”.

A senadora Damares Alves (Republicanos), coautora do pedido, classificou o cenário como um “mercado macabro” e defendeu punições rigorosas. Ela disse ter denunciado Hytalo ainda em dezembro de 2024 e espera que a repercussão do vídeo de Felca acelere providências. Publicado na última quarta-feira (6), o conteúdo já ultrapassa 28 milhões de visualizações, revela como algoritmos podem impulsionar material abusivo e aponta interações de pedófilos em torno de perfis de menores.

Entre os casos expostos está o de uma adolescente que, segundo as denúncias, ingressou no grupo de Hytalo aos 12 anos e foi explorada em vídeos de conotação sexual ao longo dos anos, inclusive em eventos com presença de público adulto. O Ministério Público da Paraíba investiga o influenciador desde 2024, após denúncias feitas ao “Disque 100”. A CPI também deve avaliar a efetividade das políticas de proteção à infância no ambiente digital e a atuação das autoridades diante de casos de pedofilia e abuso online. Após a repercussão, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), afirmou que vai priorizar projetos de combate à exploração de menores nas redes sociais.

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