O café continua pesando no bolso do consumidor, com alta de 81,6% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA-15 de junho, divulgado nesta quarta-feira (26) pelo IBGE. O café moído foi o segundo item que mais contribuiu para a inflação do mês, atrás apenas da energia elétrica.
Apesar disso, os preços no campo começaram a cair desde março, com a chegada da nova safra e expectativa de aumento na produção de países asiáticos, como Vietnã e Indonésia.
A cotação do café arábica já caiu 17% desde fevereiro, quando atingiu recorde de R$ 2.769,45 por saca, segundo dados do Cepea-Esalq/USP. O robusta, por outro lado, tem colheita recorde no Espírito Santo e na Bahia, o que pressiona ainda mais os preços.
Especialistas afirmam que o consumidor deve começar a sentir alívio ainda este ano, mas a queda mais expressiva nos supermercados deve acontecer só em 2026, devido à demora no repasse entre produtor e varejo.