O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), analisa solicitações de 20 aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para visitá-lo em prisão domiciliar. Bolsonaro está há oito dias cumprindo a medida, determinada no âmbito de investigações em curso na Corte.
Ao todo, 31 parlamentares, dirigentes do PL e autoridades de outras legendas apresentaram pedidos formais. Dez já foram autorizados, um foi negado — o do deputado Gustavo Gayer (PL-GO), investigado em processo sigiloso com conexão a apurações envolvendo o ex-presidente. Nesta segunda-feira (11), o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) protocolou seu pedido, enquanto Marcelo Moraes (PL-RS) foi liberado para visita no mesmo dia.
Desde que começou o confinamento, Bolsonaro recebeu familiares, médicos e políticos. Entre os visitantes já autorizados estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e dois filhos: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC). Pessoas próximas afirmam que o ex-presidente chegou a chorar ao falar sobre a proibição de contato com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro e também é alvo de investigação.
Além de Nikolas Ferreira, estão na lista de pedidos em análise nomes como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; o senador Marcos Pontes (PL-SP); e o ex-ministro e senador Rogério Marinho (PL-RN). Moraes seguirá avaliando individualmente cada requerimento antes de autorizar novas visitas.