O Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (19), elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, passando de 14,75% para 15% ao ano. É o maior nível desde julho de 2006 e marca a sétima alta consecutiva desde o início do atual ciclo de aperto monetário, em setembro de 2024.
A decisão foi unânime entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) e representa uma desaceleração no ritmo de alta, já que na reunião anterior o aumento havia sido de 0,50 ponto percentual. A justificativa para o aperto é a inflação persistente, que ainda segue acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Em comunicado, o Copom afirmou que a decisão está “alinhada à estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”. Apesar da elevação, o comitê indicou que pode interromper o ciclo de alta na próxima reunião, prevista para o final de julho, a fim de avaliar os efeitos acumulados da política adotada até aqui.
A elevação acontece sob a presidência de Gabriel Galípolo no Banco Central, indicado por Lula e crítico dos juros elevados. Apesar da sinalização de uma possível pausa, o BC não descartou novos ajustes, deixando em aberto a continuidade do ciclo conforme o comportamento da inflação e do cenário econômico.