O técnico Carlo Ancelotti foi informado da queda de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF na noite de quinta-feira (14), mas garantiu que nada muda em sua decisão de comandar a Seleção Brasileira. Segundo pessoas próximas, o italiano reforçou que seu contrato é com a entidade e não com o ex-dirigente. A informação foi confirmada também pelo interventor nomeado pela Justiça, Fernando Sarney, que assegurou que não haverá alterações no acordo.
Ancelotti já estava ciente da instabilidade política da CBF durante as negociações e, inclusive, recebeu sinalizações de integrantes da oposição a Ednaldo de que o apoiavam. O treinador segue com a programação para iniciar os trabalhos no Brasil no próximo dia 26 de maio. Sua estreia no comando da Seleção está prevista para 5 de junho, contra o Equador.
Nos bastidores, o clima é de tentativa de blindar o futebol das turbulências políticas. A intenção da nova gestão é manter nomes como Rodrigo Caetano, coordenador de seleções masculinas, e Juan, coordenador técnico, que participaram ativamente da negociação com Ancelotti e seguem com o grupo em Madri. A expectativa é que as novas eleições na CBF ocorram antes da estreia do treinador.