O governo de Nicolás Maduro cancelou nesta quinta-feira (27) as licenças de operação de ao menos seis companhias aéreas que haviam interrompido seus voos para a Venezuela diante do agravamento da tensão com os Estados Unidos. O anúncio ocorreu após Caracas cobrar que as empresas retomassem as rotas dentro de um prazo de 48 horas, segundo informações divulgadas pela AFP.
Entre as companhias que perderam a permissão estão Ibéria, TAP, Avianca, Turkish Airlines e Gol. A Latam também foi incluída na medida, mas somente no que se refere à operação colombiana, já que o braço brasileiro da empresa não realiza voos diretos para o país. No comunicado, o governo venezuelano acusa as empresas de aderirem ao que chamou de “ações de terrorismo de Estado” supostamente promovidas por Washington.
A pressão oficial ganhou força depois que reguladores dos Estados Unidos emitiram alertas sobre o aumento da atividade militar na região, o que levou ao cancelamento preventivo de voos no fim de semana. Uma fonte do Ministério dos Transportes venezuelano afirmou que representantes das companhias foram convocados para uma reunião na segunda-feira, quando receberam o ultimato.
A escalada ocorre em meio ao fortalecimento da presença militar norte-americana no Caribe, que inclui o envio de navios de guerra, caças F-35 e o porta-aviões Gerald Ford. O governo Trump alega que as operações miram organizações ligadas ao narcotráfico, enquanto Caracas afirma que os EUA buscam abrir caminho para uma intervenção e uma mudança forçada de regime no país.






