O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que existe uma “chance real de grandeza no Oriente Médio”, sugerindo avanços em negociações para um possível acordo de paz em Gaza. A declaração ocorre dias após o anúncio de que a Casa Branca estaria próxima de finalizar um plano para encerrar o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. Um encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está previsto para ocorrer nesta segunda-feira (29), em Washington.
As negociações, segundo autoridades americanas, envolvem um pacote com medidas como cessar-fogo permanente, libertação de reféns, retirada das tropas israelenses e a formação de um novo governo em Gaza, sem a presença do Hamas. A proposta já teria sido apresentada a países árabes e muçulmanos, e alguns líderes regionais indicaram concordância parcial com os termos. A Jordânia, por exemplo, afirmou que o plano americano está alinhado com pontos já discutidos anteriormente.
Apesar do otimismo de Washington, o impasse permanece. O primeiro-ministro de Israel, em discurso na Assembleia Geral da ONU, rejeitou publicamente a ideia de um Estado Palestino e afirmou que os ataques a Gaza continuarão “até que o trabalho esteja concluído”. A fala provocou protestos: diversas delegações deixaram o plenário antes mesmo de Netanyahu começar a falar, em sinal de repúdio. A comitiva brasileira também se retirou da sala.
Enquanto a ONU concentra suas discussões na crise humanitária em Gaza, outros países passaram a reconhecer oficialmente o Estado da Palestina. O governo americano, por sua vez, continua a intermediar negociações em busca de um cessar-fogo duradouro. A possibilidade de o ex-premiê britânico Tony Blair assumir um papel na transição política em Gaza também está sendo considerada por diplomatas envolvidos nas tratativas.






