O governo dos Estados Unidos suspendeu a tarifa adicional de 40% que incidia sobre uma série de produtos agrícolas brasileiros. A medida foi oficializada por decreto e inclui itens como café, cortes de carne bovina, açaí, manga, banana, cacau e tomate. A decisão tem efeito retroativo para cargas desembarcadas em território americano a partir de 13 de novembro, data de uma reunião entre autoridades dos dois países em Washington.
O anúncio amplia a lista de exceções criada após a implementação das sobretaxas em julho, quando centenas de produtos já haviam sido liberados. Segundo o governo americano, a nova revisão leva em conta recomendações internas e o avanço recente das negociações bilaterais. O texto do decreto cita uma conversa telefônica entre o presidente dos EUA e o presidente do Brasil, ocorrida em outubro, como marco para a retomada do diálogo.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro declarou ter recebido a decisão com satisfação e reafirmou a disposição de seguir negociando a retirada das cobranças remanescentes. A Presidência também avaliou a suspensão como um passo positivo para a normalização do comércio, afirmando que a medida reforça a importância da construção de respeito mútuo entre os países. Representantes do setor produtivo elogiaram a flexibilização, destacando que a redução das tarifas deve melhorar a competitividade de exportadores nacionais.
A reversão ocorre em um momento de pressão interna sobre a economia americana, especialmente pela alta nos preços de alimentos. Dados oficiais mostram que produtos brasileiros têm peso relevante na cesta de importações dos EUA, sobretudo o café, cujo encarecimento vinha preocupando o governo. A retomada do fluxo tende a aliviar custos e recompor estoques, enquanto negociações seguem para incluir outros itens ainda sujeitos às taxas extras.






