O ex-presidente Donald Trump surpreendeu o mercado ao anunciar a redução para 10% das tarifas sobre produtos de diversos países — exceto a China, que permanece com uma taxação de 125%. Segundo seus auxiliares, o recuo foi parte de uma estratégia planejada desde o início. “Alguns de vocês claramente não entenderam ‘A Arte da Negociação’”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, durante uma coletiva ao lado do secretário de Comércio, Scott Bessent.
A referência ao livro atribuído a Trump nos anos 1980 serviu como explicação para a postura do ex-presidente. Para Leavitt e Bessent, o endurecimento nas primeiras semanas teria sido uma jogada para pressionar aliados e adversários, colocando especialmente a China em uma posição desconfortável. “Pode-se até dizer que ele colocou a China em uma posição difícil”, disse Bessent, criticando o que chamou de “economia mais desequilibrada da história do mundo moderno”.
Até mesmo nomes do mercado, como o megainvestidor Bill Ackman, elogiaram o movimento. “Isso foi executado brilhantemente por Donald Trump. Um exemplo clássico da ‘Arte da Negociação’”, declarou. Nas redes sociais, o perfil oficial da Casa Branca reforçou a versão de que o recuo foi calculado e faz parte da estratégia maior de Trump para redesenhar as relações comerciais dos EUA.