Um homem de 26 anos foi preso nesta terça-feira, 16 de setembro, em Extremoz, na Região Metropolitana de Natal, durante a terceira fase da Operação Medici Umbra, batizada como “A Fonte”. A ação foi coordenada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul e teve como objetivo desarticular uma rede criminosa especializada em crimes cibernéticos, que teve acesso a mais de 239 milhões de chaves Pix, além de dados sigilosos da segurança pública e sistemas de trânsito.
De acordo com as investigações, o grupo atuava de forma estruturada e compartimentada, com presença em vários estados brasileiros. Os criminosos eram especializados em invasão de sistemas, estelionato digital e falsificação de documentos. Entre os dados acessados ilegalmente estavam informações estratégicas de órgãos públicos e registros do sistema de trânsito.
O preso no Rio Grande do Norte tinha papel estratégico dentro da organização. Ele foi o responsável por criar uma plataforma de “puxadas”, que realizava consultas ilegais de dados. Essa plataforma era usada para atrair outros criminosos interessados na compra de informações sigilosas, que posteriormente eram usadas em golpes aplicados em diferentes estados do país.
Além da prisão em Extremoz, a operação resultou na detenção de outros dois suspeitos. Um deles foi localizado em Pernambuco e é apontado como o principal invasor dos sistemas, enquanto o outro, preso em São Paulo, era responsável por fraudes direcionadas a médicos no Rio Grande do Sul. A operação envolveu mais de 50 agentes das Polícias Civis do Rio Grande do Sul, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Norte, destacando a cooperação entre os estados no combate a crimes cibernéticos de alta complexidade.
