A apresentação dos rascunhos da COP30 provocou forte reação de organizações ambientais, especialistas e países que defendem maior ambição climática. O principal ponto de discordância é a ausência de um plano estruturado para reduzir gradualmente o uso de combustíveis fósseis, tema considerado essencial para avanços na transição energética global.
Ainda antes da divulgação dos textos, mais de 30 países haviam sinalizado que não apoiariam um acordo final sem um roteiro claro para diminuir a dependência de carvão, petróleo e gás. Essas nações afirmam que o processo só será bem-sucedido se houver diretrizes que garantam uma transição justa e organizada para fontes renováveis.
Diversas entidades classificaram os documentos preliminares como insuficientes para enfrentar as causas da crise climática. Críticas destacam lacunas relacionadas a metas de redução de emissões, fragilidades no financiamento climático e falta de mecanismos robustos para apoiar países mais vulneráveis. Para essas organizações, as propostas apresentadas não refletem o nível de urgência exigido pelo cenário atual.
Cientistas que acompanham a conferência também alertaram que limitar o aquecimento global depende de medidas explícitas sobre combustíveis fósseis. Em nota pública, pesquisadores reforçaram que a eliminação gradual dessas fontes e o fim do desmatamento são indispensáveis para proteger populações mais expostas. A expectativa é que as negociações avancem nos próximos dias, com possibilidade de ajustes nos textos oficiais.






