O presidente interino do Peru, José Jerí, anunciou um estado de emergência de 30 dias em Lima para conter a crescente violência e os índices de criminalidade na capital. A medida, que entrou em vigor nesta terça-feira (21), permite o reforço das ações policiais e militares e restringe temporariamente alguns direitos civis.
A decisão foi tomada após uma série de protestos organizados por jovens da chamada geração Z, que reivindicam mais segurança e cobram mudanças políticas no país. Durante uma dessas manifestações, o rapper Trvko morreu após ser atingido por um disparo durante confronto com a polícia, o que intensificou as críticas ao governo.
Os protestos, iniciados em setembro, têm sido marcados por confrontos nas ruas e refletem a insatisfação popular com a corrupção, a crise econômica e o aumento da violência. O movimento ganhou força após a queda da ex-presidente Dina Boluarte, afastada pelo Congresso sob acusações de corrupção.
José Jerí, de 38 anos e integrante do partido Somos Peru, assumiu o comando do país prometendo combater o crime e buscar reconciliação nacional. Ele será o sétimo presidente peruano desde 2016 e deverá permanecer no cargo até as eleições de abril de 2026, quando será escolhido o novo líder do Peru.