A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (6) uma nova fase da Operação Xeque-Mate, que resultou na prisão de quatro advogados suspeitos de integrar o núcleo jurídico do Comando Vermelho em Manaus. Conforme as investigações, os profissionais usavam suas prerrogativas para manter a comunicação entre chefes da facção e criminosos que atuavam fora dos presídios.
Os detidos, identificados como Alisom Joffer Tavares Canto de Amorim, Gerdeson Zueriel de Oliveira Menezes, Janai de Souza Almeida e Ramyde Washington Abel Caldeira Doce Cardozo, seriam responsáveis por repassar mensagens, coordenar a logística do tráfico e movimentar valores provenientes de atividades ilícitas. A PF afirma que as ações permitiam ao grupo manter o controle das operações mesmo com líderes presos.
Durante a operação, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências e escritórios, onde os agentes recolheram documentos, dinheiro e equipamentos eletrônicos. O principal alvo da investigação é Alan Sérgio Martins Batista, conhecido como “Alan do Índio”, apontado como chefe do Comando Vermelho no Amazonas e atualmente foragido.
A OAB-AM informou que representantes da Comissão de Defesa das Prerrogativas acompanharam o cumprimento dos mandados e que todas as medidas cabíveis serão tomadas em caso de irregularidades. A entidade reforçou que não compactua com práticas ilícitas e defende o exercício ético e legal da advocacia.






