Funcionários da Petrobras deflagraram nesta quarta-feira (26) uma greve de 24 horas para protestar contra o que classificam como “gestão autoritária” da presidente Magda Chambriard. A paralisação, organizada pela FUP e FNP, tem como principais pontos de conflito o modelo de trabalho híbrido, a política de remuneração variável (PLR) e a reposição do quadro funcional. Apesar do movimento, a estatal garante que não há impacto na produção.
Os principais pontos de tensão:
- Retorno ao presencial: Petrobras quer aumentar de 2 para 3 dias semanais no escritório
- PLR: Sindicatos acusam redução de 31% nos valores, enquanto dividendos a acionistas subiram 207%
- Segurança: Reivindicam medidas contra acidentes e adoecimentos laborais
- Contratações: Pedem reposição imediata de pessoal
A empresa rebate as críticas, afirmando que mantém diálogo aberto com sindicatos e que a queda nos valores da PLR reflete a redução de 70,6% nos lucros em 2024. Sobre o trabalho híbrido, argumenta que a mudança é necessária para os “grandes desafios estratégicos” da companhia. O impasse revela o clima tenso na estatal, com sindicatos acusando a direção de impor medidas sem negociação real e de adotar “política do fato consumado” junto aos trabalhadores.