Duas pessoas foram presas nesta sexta-feira (28) por envolvimento no assassinato do ex-prefeito de São Pedro, Miguel Cabral Nasser, ocorrido no dia 3 de fevereiro de 2025, em Natal. As prisões foram realizadas no município de Olinda, em Pernambuco, após uma operação conjunta entre a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Rio Grande do Norte e a Polícia Civil de Pernambuco. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (SESED) confirmou que quatro indivíduos foram identificados como suspeitos do crime, e os mandados de prisão para os outros dois ainda estão em andamento.
O assassinato de Miguel Cabral aconteceu no Largo do Atheneu, no bairro de Petrópolis, zona Leste de Natal. Ele estava em uma cigarreira quando dois homens armados chegaram e efetuaram vários disparos, atingindo também outras duas pessoas, que foram socorridas, mas tiveram seus estados de saúde mantidos em sigilo. O ex-prefeito foi levado ao Hospital Rio Grande, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante o transporte para o Hospital Walfredo Gurgel. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram o momento em que Miguel, ensanguentado, é colocado na carroceria de uma caminhonete para socorro. Antes de perder a consciência, ele teria dito: “Quem me matou foi Pamonha”, frase que pode ser uma pista crucial para as investigações.
O crime gerou comoção e polêmica. A Prefeitura de São Pedro decretou três dias de luto em homenagem ao ex-gestor, que comandou a cidade entre 2017 e 2024. No entanto, a morte de Miguel também foi celebrada por Ana Clara Cabral, prima do ex-prefeito, que acusou Miguel de ser responsável pelo assassinato de seu irmão em 2014. Em publicações nas redes sociais, ela escreveu: “Ele morreu da mesma forma covarde que matou meu irmão”. A SESED convocou uma coletiva de imprensa para divulgar mais detalhes sobre as investigações e as prisões realizadas. Enquanto isso, a população aguarda respostas sobre os motivos e os mandantes do crime que chocou o Rio Grande do Norte.