O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação para apurar denúncias de um possível esquema de rachadinha no gabinete do vereador Adrilles Jorge (União Brasil), na Câmara Municipal da capital paulista. Ex-funcionários afirmam que eram obrigados a devolver parte do salário ao então chefe de gabinete, Célio Rodrigues, que foi afastado do cargo por decisão do parlamentar.
As apurações, conduzidas sob sigilo, incluem oitivas de atuais e ex-servidores, além da análise de folhas de pagamento e movimentações financeiras. O MP também deve solicitar a quebra de sigilos fiscais dos principais nomes ligados ao gabinete para identificar possíveis transferências irregulares. O valor supostamente repassado seria de R$ 1.500 por mês, segundo relatos dos ex-assessores.
Em nota, Adrilles Jorge afirmou que a denúncia teria sido feita por dois ex-funcionários exonerados “por questões éticas” e negou qualquer prática ilegal em seu mandato. O vereador disse ainda que determinou o afastamento de Célio Rodrigues até a conclusão das investigações, destacando que tomará medidas cabíveis caso algo ilícito seja comprovado.
Adrilles, que ganhou notoriedade nacional após participar do Big Brother Brasil 2015 e atuar como comentarista político, ocupa o cargo de vereador em São Paulo desde 2021, eleito com cerca de 25 mil votos. Ele afirmou que, caso as acusações não sejam confirmadas, tomará providências judiciais contra quem divulgar informações falsas que prejudiquem sua imagem e seu mandato.
