O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se reuniu nesta segunda-feira (3) com o governador Cláudio Castro para discutir a megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. O magistrado havia determinado a preservação de todos os documentos, perícias e provas materiais relacionadas à ação, considerada a mais letal da história do estado, com 121 mortos.
A decisão atendeu a um pedido da Defensoria Pública da União (DPU) e prevê a conservação integral dos vestígios e das cadeias de custódia dos materiais coletados. Durante a reunião, realizada no Centro Integrado de Comando e Controle, Moraes cobrou explicações do governo estadual sobre o planejamento da operação, o uso da força e as medidas de apuração de eventuais abusos.
O ministro ressaltou que a medida está em conformidade com a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas, que estabelece regras para ações policiais em comunidades e determina a independência técnica das perícias. O governador apresentou informações sobre o emprego de agentes, armamentos utilizados, número de mortos e feridos, além do uso de câmeras corporais.
Após a reunião, Moraes afirmou que analisará as informações apresentadas antes de definir os próximos passos sobre o caso. O ministro também reforçou a importância de o estado elaborar um plano de recuperação de territórios dominados por facções e milícias, conforme determinação anterior do STF.






