O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quarta-feira (12) o novo modelo de crédito consignado para trabalhadores do setor privado, batizado de “Crédito do Trabalhador”. A medida, que será operacionalizada a partir de 21 de março, visa ampliar o acesso ao crédito para 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada e microempreendedores individuais (MEIs). O governo espera que o volume de empréstimos triplique, atingindo R$ 120 bilhões, com taxas de juros mais baixas e prazos estendidos.
A novidade é que o crédito será ofertado por meio de uma plataforma integrada à Carteira de Trabalho Digital, onde os trabalhadores poderão comparar as taxas dos bancos. As instituições financeiras terão acesso a dados do eSocial para análise de risco, garantindo maior segurança e redução das taxas. O limite da parcela será de 35% do salário, e o desconto será feito diretamente na folha de pagamento. A portabilidade entre bancos estará disponível a partir de 6 de junho, permitindo que os trabalhadores migrem para instituições com condições mais vantajosas.
Durante o evento, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, destacou que o novo modelo trará mais segurança e garantias para os bancos, o que deve resultar em juros mais baixos. Ele citou um exemplo em que a prestação de um trabalhador cairia de R$ 1.600 para R$ 830, com a redução das taxas. A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, ressaltou que empregadas domésticas terão uma redução de 52% nas taxas. O governo também regulamentará o uso de 10% do saldo do FGTS e da multa rescisória como garantia, ampliando as opções para os trabalhadores.