Durante a cerimônia de inauguração da Barragem de Oiticica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Waldez Goés (Desenvolvimento Regional) e Rui Costa (Casa Civil) destacaram que o governo anterior, de Jair Bolsonaro, não destinou recursos para a obra no Orçamento de 2023. A barragem só pôde ser concluída porque foi incluída no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC III), após a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, eleger a obra como prioridade para o estado.
O ministro Waldez Goés foi o primeiro a ressaltar a falta de orçamento para a obra no governo anterior. Ele explicou que, quando a atual gestão assumiu, a construção estava paralisada e não havia previsão de recursos no Orçamento da União para 2023. “Se o presidente Lula não tivesse voltado, não sei o que seria dessas obras em todo o Nordeste. O governo anterior enviou um orçamento ao Congresso em 2022 sem recursos para Oiticica e sem verba para obras hídricas na região”, afirmou. Rui Costa complementou, lembrando que 78% dos recursos da obra foram investidos durante os governos de Lula e Dilma Rousseff, enquanto apenas R$ 80 milhões foram destinados no período Bolsonaro.
Lula, em seu discurso, agradeceu à bancada do Rio Grande do Norte por destinar R$ 203 milhões para a obra entre 2019 e 2022, mas criticou a falta de comprometimento do governo anterior. “No Orçamento de 2023, não havia um centavo para essa obra. Se não tivéssemos colocado no PAC, ela não teria sido concluída”, disse. A Barragem de Oiticica, inaugurada no dia de São José, padroeiro das chuvas, beneficiará 294 mil pessoas em 22 municípios e é parte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), ampliando a capacidade de armazenamento de água na região e reduzindo riscos de inundações.