Durante uma conferência nas Nações Unidas, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente a atuação de Israel na Faixa de Gaza, classificando a situação no território palestino como “genocídio” e “limpeza étnica”. O encontro internacional teve como foco a busca por soluções pacíficas para o conflito entre israelenses e palestinos, com ênfase na implementação da proposta de dois Estados.
Lula apontou que a ofensiva israelense compromete os esforços para a criação de um Estado Palestino e acirra ainda mais a crise humanitária na região. No mesmo evento, países como França, Reino Unido, Portugal, Austrália e Canadá formalizaram o reconhecimento da Palestina como nação soberana, ampliando a pressão internacional por um cessar-fogo e pela retomada do diálogo.
O presidente brasileiro destacou o impacto devastador da guerra sobre a população civil, incluindo a destruição em larga escala de residências, a falta de alimentos e o elevado número de crianças vítimas dos ataques. Ele reforçou a condenação aos atos cometidos pelo Hamas, mas ressaltou que o direito de defesa não pode justificar ações que colocam civis inocentes em risco.
Lula também anunciou medidas adotadas pelo Brasil, como o reforço no controle da entrada de produtos oriundos de assentamentos israelenses e a manutenção da suspensão de exportações de materiais de defesa. Além disso, sugeriu a criação de um mecanismo internacional similar ao comitê das Nações Unidas contra o apartheid, destacando que israelenses e palestinos têm o mesmo direito à paz e à autodeterminação.






