O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início, nesta quinta-feira (6/11), à Cúpula do Clima, evento preparatório para a COP30, que começa na próxima segunda-feira (10/11). Diante de líderes de mais de 40 países, Lula defendeu que o enfrentamento à crise ambiental deve caminhar junto com a luta contra a fome e a desigualdade.
“Justiça climática é também justiça social”, afirmou o presidente, reforçando que combater as mudanças climáticas é essencial para garantir um futuro mais igualitário. Ele ressaltou ainda a necessidade de cumprir as metas do Acordo de Paris, lembrando que o planeta pode ficar até 2,5°C mais quente até o fim do século se nada for feito.
Segundo Lula, a COP30 precisa ser “a conferência da verdade”. “É hora de encarar a realidade e decidir se teremos coragem e determinação para transformá-la”, declarou.
O discurso foi antecedido por uma apresentação do grupo paraense Arraial do Pavulagem e pela fala do secretário-geral da ONU, António Guterres, que defendeu o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis. “Muitas empresas lucram com a destruição climática e gastam bilhões para travar o progresso”, alertou Guterres.
Entre os presentes estão líderes como Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido) e Ursula von der Leyen (Comissão Europeia). As ausências de Estados Unidos, China e Argentina também chamaram atenção.
O Brasil aposta no Fundo Tropical das Florestas (TFFF), que deve captar US$ 10 bilhões até 2026, como principal mecanismo de financiamento climático. O fundo será alimentado por contribuições de países desenvolvidos e do setor privado, com foco em nações em desenvolvimento.






