O Ministério Público da Itália emitiu parecer favorável ao pedido de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente presa preventivamente no país europeu. A decisão foi encaminhada à Corte de Apelação de Roma, responsável pela análise do caso, e se baseia no risco de fuga da parlamentar, que se encontra detida desde julho.
Zambelli deixou o Brasil pouco depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar sua prisão preventiva em 4 de junho de 2025. O mandado foi expedido no contexto de uma condenação por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, em associação com o hacker Walter Delgatti Neto.
O processo de extradição conta com o acompanhamento da Advocacia-Geral da União (AGU), que atua para garantir a execução das decisões judiciais brasileiras no exterior. As autoridades dos dois países vêm cooperando desde a captura da deputada em território italiano.
Além da primeira condenação, Zambelli também foi sentenciada a cinco anos e três meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, referentes a um episódio de 2022. A pena inclui ainda multa de 400 salários-mínimos e perda do mandato parlamentar após o fim dos recursos.