O talk show Jimmy Kimmel Live!, um dos mais longevos da TV americana, foi suspenso indefinidamente pela rede ABC após comentários do apresentador sobre o assassinato do influenciador de direita Charlie Kirk. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (18), em meio a críticas de políticos conservadores e de parte do setor de radiodifusão dos Estados Unidos.
Durante seu monólogo no início da semana, Kimmel ironizou a reação de apoiadores do ex-presidente Donald Trump, afirmando que o movimento “Maga” tentava usar o crime para ganhar vantagem política. As declarações geraram forte repercussão, levando a Nexstar, uma das maiores operadoras de televisão do país, a anunciar que não transmitiria mais o programa em suas afiliadas.
O presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, indicado por Trump, classificou os comentários como “a conduta mais doentia possível” e sugeriu que a agência poderia rever licenças de emissoras ligadas à ABC. Já grupos de Hollywood e sindicatos como o WGA e o Sag-Aftra criticaram a suspensão, afirmando que a medida representa uma ameaça à liberdade de expressão.
No ar desde 2003, o programa de Kimmel é considerado o segundo talk show mais duradouro com o mesmo apresentador na história da TV dos EUA. Após o anúncio da suspensão, celebridades como Ben Stiller, Jean Smart e Jamie Lee Curtis se manifestaram em defesa do humorista, enquanto apoiadores de Trump comemoraram a decisão da emissora.