As autoridades de Hong Kong anunciaram nesta sexta-feira (28) o fim do combate ao incêndio que devastou um complexo de arranha-céus em Tai Po e se tornou a tragédia mais letal da cidade em décadas. O fogo, que começou na quarta-feira, consumiu sete das oito torres do conjunto residencial e deixou ao menos 128 mortos, segundo o governo local.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas foram consideradas extintas por volta das 10h18 no horário local, permitindo o encerramento das operações de combate. Mesmo assim, as equipes de resgate confirmaram que ainda há mais de 200 desaparecidos e que 79 moradores ficaram feridos, além de 12 bombeiros atingidos durante a ação, um deles em estado grave.
As investigações já apontam falhas graves de segurança. Alarmes de incêndio não funcionaram corretamente, e telas de construção e andaimes de bambu usados na obra contribuíram para a propagação acelerada das chamas. Três responsáveis pela construtora responsável pela reforma foram presos sob suspeita de homicídio culposo.
O caso reacendeu debates sobre segurança em prédios altos em Hong Kong, que já enfrentou outras tragédias semelhantes no passado. Enquanto perícias continuam no local, a polícia recolhe documentos e avalia a negligência estrutural que pode ter ampliado o número de vítimas.






