O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que autorizou a CIA a realizar operações secretas dentro da Venezuela, elevando a tensão entre os dois países a um novo patamar. Em entrevista recente, Trump afirmou que medidas estão sendo tomadas contra o narcotráfico com origem no território venezuelano, que, segundo ele, representa uma ameaça à segurança nacional americana.
Nas últimas semanas, forças dos EUA afundaram cinco embarcações próximas à costa venezuelana, matando 27 pessoas acusadas de envolvimento com drogas. Organizações de direitos humanos ligadas à ONU criticaram duramente essas ações, classificando-as como “execuções extrajudiciais”. O governo venezuelano enxerga essas movimentações como parte de uma possível escalada militar liderada por Washington.
Diante desse cenário, a Venezuela reforça sua doutrina de “guerra assimétrica”, baseada em resistência popular e mobilização de civis. A chamada Milícia Bolivariana, com mais de 5 milhões de membros, tem treinado civis para atuar tanto em combate quanto em missões de inteligência. O objetivo é conter qualquer intervenção estrangeira com uma rede de defesa descentralizada e integrada à população.
Embora não haja tropas americanas em solo venezuelano até o momento, especialistas apontam que a autorização para ações da CIA amplia a margem de manobra dos EUA em uma possível ofensiva contra o governo de Nicolás Maduro. A situação é monitorada de perto por líderes internacionais, enquanto Caracas se prepara para responder a qualquer ação que possa ameaçar sua soberania.