O deputado federal Glauber Braga foi retirado do plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira após permanecer por horas sentado na cadeira destinada ao presidente da Casa. A ocupação ocorreu em meio ao anúncio de que seu processo de cassação poderia ser votado ainda neste ano.
Braga se instalou no assento do presidente Hugo Motta no meio da tarde, conduziu parte da sessão e afirmou que não deixaria o local. A Polícia Legislativa foi acionada e retirou o parlamentar à força, ação que provocou empurrões e quedas envolvendo outros deputados. O terno de Braga acabou rasgado durante a intervenção.
Durante o tumulto, a imprensa foi afastada do plenário e a transmissão da TV Câmara foi interrompida, situação criticada por entidades jornalísticas, que classificaram o bloqueio como restrição ao trabalho dos profissionais. A Casa justificou a medida como parte de um protocolo de segurança interno.
A movimentação ocorre enquanto o processo disciplinar contra Braga aguarda apreciação em plenário. O parlamentar é acusado de quebra de decoro por agredir um militante em 2024, caso que já recebeu parecer favorável à cassação no Conselho de Ética. Após o incidente, o presidente da Câmara afirmou que a ocupação da cadeira desrespeitou o funcionamento do Legislativo.






