O Flamengo alcançou um marco financeiro em 2024, atingindo uma receita bruta de um bilhão e trezentos e trinta e quatro milhões de reais – o quarto ano consecutivo acima da marca de um bilhão. No entanto, o balanço também revelou um aumento significativo na dívida líquida, que subiu para trezentos e vinte e sete milhões de reais, além de um déficit de setecentos e trinta e quatro mil reais. O clube atribuiu esses números negativos aos altos investimentos no elenco e à aquisição do terreno do Gasômetro, futuro estádio rubro-negro.
Entre os principais gastos, destacam-se as contratações de De la Cruz (cento e dois milhões e seiscentos mil reais), Carlos Alcaraz (cento e vinte e cinco milhões e quatrocentos mil reais) e Matías Viña (cinquenta milhões e quatrocentos mil reais), totalizando quatrocentos e quinze milhões de reais em reforços – o maior valor da história do clube desde 2019. Esses investimentos, embora tenham fortalecido o time, impactaram o caixa, resultando em um capital circulante negativo de cento e oitenta e dois milhões de reais. O Flamengo também ressaltou que os custos operacionais bateram recorde, chegando a novecentos e trinta e cinco milhões de reais.
Apesar do cenário desafiador, o Flamengo manteve uma receita recorrente robusta (um bilhão e duzentos e vinte e sete milhões de reais), a maior dos últimos seis anos. Em comparação com 2023, quando o clube obteve superávit de trezentos e dezenove milhões e quinhentos mil reais, a queda no desempenho financeiro reflete a estratégia agressiva de reforçar o elenco e avançar no projeto do novo estádio. Agora, a diretoria terá o desafio de equilibrar as contas sem abrir mão da competitividade em campo.