Seis militares acusados de agredir um soldado de 19 anos no 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Pirassununga (SP), foram expulsos do Exército Brasileiro. O jovem denunciou que foi vítima de violência extrema em 16 de janeiro, após ser levado a uma câmara fria no quartel e agredido com um remo de panela industrial, ripas de madeira e uma vassoura, que chegou a ser quebrada na região do ânus. O caso gerou forte repercussão e levou o Exército a tomar medidas disciplinares.
O inquérito policial militar (IPM) foi instaurado em 20 de janeiro e concluído na última semana, mas permanece sob sigilo. Os militares agora responderão como civis perante a Justiça Militar da União (JMU). O Exército declarou, em nota, que “repudia veementemente a prática de maus-tratos ou qualquer ato que viole os direitos fundamentais do cidadão”. A vítima, que segue afastada com licença médica, está sob tratamento psicológico e psiquiátrico.
Mensagens enviadas por um dos suspeitos, identificados como cabo Douglas, sugerem que os agressores tentaram minimizar a violência, classificando-a como uma “brincadeira”. No entanto, a vítima rebateu, afirmando que teve sua vida destruída pelo ataque. A Polícia Civil não abriu investigação própria sobre o caso e repassou documentos ao Exército, que não esclareceu se as mensagens foram incluídas na apuração oficial.