O ex-vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro foi solto na noite desta sexta-feira (21) após mais de um ano preso. Ele deixou o presídio sob os gritos de apoio de seus seguidores e foi recebido pelo pai e pela irmã. Monteiro, que perdeu o mandato em 2022, deverá cumprir medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento periódico à Justiça e a proibição de deixar o estado do Rio. Ele responde a um processo em segredo de justiça por abuso sexual, no qual a vítima alega que ele a constrangeu com uma arma e manteve relações sexuais de forma violenta.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que recebeu o alvará de soltura no início da noite e realizou os procedimentos necessários para a liberação. Além do caso de abuso sexual, Monteiro enfrenta outras denúncias, incluindo perseguição, desacato a superior, assédio sexual a uma ex-assessora e a filmagem de uma relação sexual com uma adolescente de 15 anos. Em maio de 2024, ele também foi denunciado por abuso de autoridade após invadir dois centros de acolhimento para crianças em situação de vulnerabilidade, onde gravava vídeos para suas redes sociais sem autorização.
Apesar das múltiplas acusações, Monteiro mantém uma base de apoiadores que o receberam com entusiasmo após sua liberação. A Justiça determinou que ele cumpra medidas restritivas enquanto aguarda o desfecho dos processos em que é réu. A soltura do ex-vereador reacende o debate sobre a aplicação de medidas cautelares em casos de crimes graves e a influência de figuras públicas em processos judiciais.
