O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi preso nesta quinta-feira (13) pela Polícia Federal durante uma nova etapa da Operação Sem Desconto. A investigação apura um esquema de descontos irregulares aplicados a aposentados e pensionistas em todo o país, que teria causado prejuízo bilionário aos cofres públicos.
De acordo com a PF, as fraudes ocorreram entre 2019 e 2024 e envolviam a inclusão indevida de cobranças nos benefícios mensais de segurados do INSS, simulando vínculos com associações de aposentados que não haviam sido autorizados. Estima-se que os valores desviados cheguem a R$ 6,3 bilhões.
Além de Stefanutto, outras nove pessoas são alvo de mandados de prisão e dezenas de buscas são realizadas em 15 estados e no Distrito Federal. A operação conta com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU). Entre os investigados estão também o ex-ministro da Previdência Ahmed Mohamad Oliveira e parlamentares que teriam ligação com entidades suspeitas de intermediar os descontos.
A defesa de Stefanutto afirmou que ainda não teve acesso ao conteúdo da decisão judicial, classificou a prisão como ilegal e declarou confiança de que ele provará sua inocência ao final do processo. O governo federal, por sua vez, mantém o programa de devolução dos valores cobrados indevidamente, que já recebeu mais de 6 milhões de solicitações de beneficiários.






