O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (20) um acordo de financiamento de US$ 20 bilhões (aproximadamente R$ 108 bilhões) para a Argentina, em meio à desvalorização do peso e à proximidade das eleições legislativas no país, marcadas para o próximo dia 26. O recurso será concedido por meio de um swap cambial, mecanismo que permite a troca temporária de moedas entre nações para reforçar reservas internacionais e estabilizar economias.
O Banco Central da Argentina informou que o objetivo do acordo é fortalecer a estabilidade macroeconômica e apoiar um crescimento sustentável. A operação permitirá que o país tenha acesso a dólares sem recorrer a empréstimos tradicionais, ajudando a conter a volatilidade da moeda e a pressão inflacionária. Após um período determinado, o valor será devolvido com correção de juros ou câmbio.
Além dessa linha de crédito, Washington sinalizou a intenção de liberar outros US$ 20 bilhões em aportes públicos e privados caso o governo argentino obtenha bons resultados nas urnas, totalizando um potencial de US$ 40 bilhões em apoio financeiro. O pacote busca conter os efeitos da inflação elevada, da fuga de capitais e da redução das reservas internacionais, fatores que têm pressionado a economia local.
Apesar de a inflação ter recuado de 211% em 2023 para cerca de 118% neste ano, a economia argentina segue estagnada. O custo de vida continua alto, os salários perderam poder de compra e os investimentos estrangeiros esperados ainda não se concretizaram. Com as eleições se aproximando, o cenário econômico e político no país segue incerto, e o resultado das urnas pode definir os rumos da gestão de Javier Milei.