A Justiça do Peru condenou nesta quinta-feira (27) o ex-presidente Pedro Castillo a 11 anos de prisão por ter tentado dissolver o Congresso e concentrar poderes no fim de 2022. A sentença conclui o processo aberto após o anúncio feito em rede nacional, que levou à sua destituição imediata.
Castillo está detido desde dezembro daquele ano, quando sua tentativa de intervir no Legislativo desencadeou protestos violentos que deixaram cerca de 50 mortos em várias regiões do país. O ex-presidente sempre negou ter cometido crime, afirmando que agiu para enfrentar o que chamava de pressão política do Parlamento.
A promotoria acusava Castillo de rebelião e grave perturbação da ordem pública e havia solicitado uma pena de 34 anos de prisão, sustentando o pedido com documentos e depoimentos apresentados ao longo do julgamento. Parte das acusações foi rejeitada pela Corte, resultando em uma punição menor do que a requisitada pelo Ministério Público.
O caso se soma à longa lista de ex-líderes peruanos condenados por diferentes crimes. Após sua queda, o governo passou para a então vice-presidente Dina Boluarte, que manteve o cargo até outubro deste ano, quando também foi destituída por “incapacidade moral”.






