A cidade de São Paulo registrou 53 feminicídios entre janeiro e outubro deste ano, o maior número desde que a série histórica começou a ser contabilizada em 2015. Mesmo sem os dados dos dois últimos meses, o total já supera todos os anos anteriores e confirma a tendência de crescimento observada ao longo de 2025.
Os números constam no Portal da Transparência da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e consideram apenas os casos consumados. Tentativas não entram no balanço, como o episódio ocorrido no último sábado (29), quando uma mulher foi atropelada e arrastada por mais de um quilômetro pelo ex-parceiro, ficando gravemente ferida.
Em nível estadual, foram registrados 207 feminicídios nos dez primeiros meses do ano, um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2024. Especialistas apontam que o crescimento das notificações está relacionado tanto ao avanço da violência quanto à maior precisão na classificação dos crimes após a criação da Lei do Feminicídio, que determina critérios específicos para enquadramento.
Dois casos recentes chamaram atenção na capital. No sábado, uma mulher de 31 anos sofreu múltiplas lesões e teve as pernas amputadas após ser atingida e arrastada por um veículo conduzido pelo ex-companheiro, que acabou preso. Já na segunda-feira (1º), outra mulher foi baleada dentro do local onde trabalhava, na Zona Norte. Ela passou por cirurgia e permanece internada, enquanto o suspeito segue foragido.






