O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, revelou nesta terça-feira (19) os motivos que levaram à suspensão da produção da polêmica camisa vermelha da Seleção. Segundo ele, a decisão não teve relação com ideologia política, mas sim com a ausência da cor no símbolo nacional. “Azul, amarelo, verde e branco são as cores da bandeira. Eu pedi para parar a produção, pois não faz sentido uma camisa com cores que não estão na bandeira”, disse em entrevista ao Seleção SporTV.
A peça, fabricada pela Nike, havia sido vazada em abril pelo site Footy Headlines, especializado em uniformes esportivos, e gerou grande repercussão nas redes sociais. Críticos apontaram que a cor não representava a tradição da seleção brasileira, que ao longo da história sempre utilizou uniformes em azul, amarelo ou branco.
Personalidades do esporte também se manifestaram. Galvão Bueno classificou a iniciativa como um “crime” durante seu programa Galvão e Amigos, argumentando que a camisa vermelha seria “uma ofensa sem tamanho à história do futebol brasileiro”. Para o narrador, substituir a tradicional camisa azul por uma vermelha na Copa de 2026 feria a identidade da equipe canarinho.
O ex-jogador e apresentador Neto também reprovou a ideia durante o programa Os Donos da Bola. “Vocês estão de sacanagem? A cor da bandeira é verde, amarelo e azul, cara. Desculpa. Mesmo eu sendo de esquerda, e eu não tenho medo de falar, não dá pra aceitar uma camisa vermelha na seleção brasileira”, declarou, reforçando que, ao contrário dos clubes, a equipe nacional deve manter suas cores históricas.