A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação civil pública contra o médico Lucas Ferreira Mattos por disseminação de desinformação sobre a mamografia. Em outubro do ano passado, Mattos afirmou em suas redes sociais que o exame poderia causar câncer de mama, o que levou os conselhos regionais de medicina de Minas Gerais e São Paulo a abrirem investigações contra ele. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) também desmentiu a alegação, reforçando que a mamografia é essencial para a detecção precoce da doença.
No processo, a AGU pede que o médico seja condenado a pagar R$ 300 mil por danos morais coletivos e que apague as publicações contendo a informação falsa. Além disso, solicita que ele divulgue conteúdos educativos do Ministério da Saúde sobre a mamografia, especialmente durante a campanha do Outubro Rosa, que conscientiza a população sobre a importância do exame preventivo.
A ação inclui uma nota técnica do Ministério da Saúde recomendando que mulheres entre 50 e 69 anos façam mamografias a cada dois anos para rastreamento do câncer de mama. Procurado para comentar o processo, Mattos ainda não se manifestou. Em outubro, após a repercussão do caso, ele publicou um vídeo alegando que suas falas foram distorcidas.