Luciano Moreira, pesquisador da Fiocruz, foi incluído pela revista Nature na lista das dez pessoas que moldaram a ciência em 2025. Ele criou mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, que bloqueia a transmissão de dengue, zika e chikungunya.
A técnica garante que cada fêmea infectada transmita a Wolbachia para os ovos, permitindo que as próximas gerações de mosquitos já estejam protegidas. O método mantém a espécie viva, mas a torna quase incapaz de transmitir doenças, com impacto direto na saúde pública.
O programa já está em 16 cidades brasileiras e demonstrou reduções de até 89% nos casos de dengue em alguns locais. Moreira dirige a maior fábrica de mosquitos do mundo, localizada em Curitiba, que produz milhões de insetos para distribuir em áreas urbanas.
O cientista vê o reconhecimento como uma prova da criatividade e eficácia da pesquisa brasileira, capaz de gerar soluções inovadoras com recursos limitados. Ele ressalta que o objetivo final é eliminar as doenças transmitidas pelo Aedes, protegendo a população e salvando vidas.






