Dados do Ministério da Previdência Social revelam que 18 fundos de pensão estaduais e municipais mantêm R$ 1,86 bilhão aplicados em letras financeiras do Banco Master, instituição que teve liquidação extrajudicial decretada nesta semana. Esses investimentos foram realizados entre outubro de 2023 e dezembro de 2024 e não contam com cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Com a liquidação, todas as operações do banco foram encerradas e um liquidante assumiu a responsabilidade de administrar os bens da instituição e organizar o pagamento dos credores conforme a ordem prevista em lei. Nessas situações, os recursos aplicados pelos fundos passam a integrar a lista de passivos e só podem ser recuperados se houver ativos suficientes após o pagamento das obrigações prioritárias.
Segundo o governo federal, a emissão das letras financeiras pelo banco teve início em 2023 e somava R$ 2,1 bilhões captados até o fim de 2024. A liquidação foi decretada pouco depois de uma proposta de compra apresentada por outra empresa e em meio a investigações que levaram à prisão do principal controlador do Master e à indisponibilidade de bens de ex-administradores.
O Ministério da Previdência informou que orientações técnicas são disponibilizadas aos gestores dos regimes próprios, destacando a necessidade de avaliar risco de crédito e seguir critérios rigorosos na aplicação dos recursos. Auditorias também são realizadas periodicamente, e irregularidades são encaminhadas aos órgãos de fiscalização competentes.






