O ministro Alexandre de Moraes votou pela condenação de nove dos dez investigados no chamado núcleo 3 do processo que apura ações para tentar impedir a posse presidencial após as eleições de 2022. Segundo o julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal, o grupo seria composto por militares das Forças Especiais do Exército e por um agente da Polícia Federal envolvidos em planejamentos de ataques e articulações contra autoridades.
Durante a análise do caso, Moraes pediu a absolvição de um dos acusados, o general da reserva Estevam Theophilo. O ministro entendeu que as provas contra ele se resumiam a informações de colaboração premiada e a um depoimento posteriormente retificado pelo ex-comandante do Exército, o que, para Moraes, não sustenta uma condenação.
Para os demais integrantes, o ministro votou pela condenação por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e deterioração de bens públicos. Ele afirmou que mensagens coletadas na investigação mostram tentativas de uso de tropas, monitoramento de autoridades e disseminação de versões falsas sobre o processo eleitoral como estratégia para criar ambiente favorável à ruptura.
Moraes ainda propôs penas diferentes para dois dos réus, entendendo que eles incitaram animosidade contra instituições, mas não formaram vínculo com a organização criminosa. O julgamento segue com os votos dos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino.






