A estudante trans da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Ilha Solteira (SP), desapareceu em 12 de junho e teria sido vítima de feminicídio. Segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Carmen havia relatado a uma amiga que era ameaçada de morte pelo namorado, Marcos Yuri Amorim, também estudante da instituição. Mensagens apresentadas pelo órgão mostram que ela temia ser assassinada.
De acordo com as investigações, Carmen mantinha um relacionamento conturbado com Yuri, que se recusava a assumir o namoro e se envolvia com outras pessoas, entre elas o policial militar da reserva Roberto Carlos Oliveira. A promotoria aponta que, para pressionar o namorado, a estudante criou um dossiê com provas de supostos crimes cometidos por ele, o que teria motivado o assassinato.
O MPSP sustenta que Carmen foi morta no próprio dia do desaparecimento, no sítio de Yuri, com ajuda de Roberto. O corpo nunca foi encontrado. Os dois homens foram presos em julho, acusados de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. Um terceiro suspeito, Paulo Henrique Messa, vizinho de Yuri, também foi denunciado por participação na ocultação do corpo e destruição de provas.
A denúncia destaca que os acusados tentaram apagar rastros do crime, limpando o local, destruindo o celular da vítima e substituindo equipamentos de segurança do sítio. O Tribunal de Justiça de São Paulo ainda vai decidir sobre o pedido de prisão preventiva do terceiro envolvido.






