O governo dos Estados Unidos oficializou nesta semana a saída de cerca de 154 mil funcionários públicos que aderiram ao programa de demissão voluntária criado para enxugar a máquina federal. Embora o desligamento oficial esteja sendo feito a partir de 1º de outubro, muitos desses trabalhadores já estavam fora de suas funções, em licença remunerada, desde os primeiros meses do ano.
Essa movimentação representa a maior redução da força de trabalho federal em um único ano desde a Segunda Guerra Mundial. Agências como a NASA, o Serviço Nacional de Meteorologia, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) e o FDA (agência reguladora de alimentos e medicamentos) foram diretamente afetadas. As perdas atingem setores cruciais como saúde pública, segurança alimentar, programas espaciais e previsão do tempo.
Cerca de 4 mil funcionários da NASA aderiram aos planos de desligamento. A agência espacial enfrenta agora o desafio de recompor quadros altamente técnicos, enquanto mantém planos ambiciosos de exploração lunar e missões para Marte. O impacto também é sentido no Serviço Nacional de Meteorologia, que perdeu centenas de profissionais responsáveis pela manutenção de equipamentos e pela análise de dados meteorológicos em todo o país.
As demissões fazem parte de uma política adotada na gestão do presidente Donald Trump, com apoio de seu ex-conselheiro Elon Musk, que defendiam uma reestruturação da máquina pública, considerada inchada e ineficiente. O custo com salários e benefícios de servidores civis ultrapassou US$ 359 bilhões no último ano fiscal, segundo dados do próprio governo.