Moradores da Faixa de Gaza demonstraram insatisfação nesta terça-feira (30) com o plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A proposta prevê cessar-fogo imediato, troca de reféns por prisioneiros palestinos, retirada gradual das forças israelenses e formação de um governo de transição administrado por um organismo internacional.
O documento divulgado pela Casa Branca também prevê a anistia para membros do Hamas que se renderem, além da desmilitarização do território. Pelo acordo, Gaza não seria anexada por Israel, mas o Hamas ficaria impedido de participar da futura administração. Ainda não está claro se Washington e Tel Aviv chegaram a um consenso sobre pontos como a criação de um Estado Palestino ou o papel da Autoridade Palestina na governança pós-guerra.
Apesar da iniciativa, palestinos deslocados pelo conflito afirmam que o plano atende apenas aos interesses de Israel e dos Estados Unidos. Eles consideram que a proposta não aborda as causas históricas do conflito e que pouco muda a situação da população civil, que enfrenta a destruição da infraestrutura e milhares de mortes.
Desde o ataque de 7 de outubro de 2023, quando militantes liderados pelo Hamas mataram cerca de 1,2 mil pessoas e sequestraram mais de 250 em Israel, a ofensiva militar israelense já provocou a morte de mais de 66 mil palestinos, segundo autoridades de saúde em Gaza. O impasse segue como um dos maiores desafios diplomáticos do Oriente Médio.






